:: O Caderno do Algoz
Sandro William Junqueira
É antes, um romance de montagem do inconsciente: fragmentos de uma arquitectura humana, urbana e emocional.
Nele encontramos um espaço/cidade/estado sem referências geográficas, temporais, históricas ou políticas. Há personagens que o habitam e se cruzam. Guiados por pontos cardeais: norte, sul, este, oeste. E reféns de uma única estação climática: primavera com chuva e vento. O encadeamento narrativo não obedece a uma estrutura linear. Mas, também, não é uma analepse consciente e planeada. É como se a cabeça que narra os acontecimentos tivesse sido acometida por uma amnésia súbita.
E o que surge na memória na pós-amnésia são estilhaços e que o passado e o presente se confundem.