:: O Homem Que Não Tira o Palito da Boca
João Melo
O autor usa uma linguagem magnificamente técnica, semiótica, de lógica formal e jurídica - obsessivamente perfeccionista, requintada, paranoicamente explicativa - para tratar de questiúnculas ou, pelo contrário, explicar formalmente, com uma lógica administrativa, a podridão familiar, política, económica, o quotidiano de miséria, prostituição, indecência, malfeitoria e sacanice (no Sambila e outros bairros) de pobres diabos e cidadãos abandonados pelos coevos.
Histórias de casais e traições (infidelidades) são uma das obsessões divertidas de Melo. E, depois, há o tema das raças, cores de pele, classes, mas também o do assassinato piedoso, entre tantos.
Livro recomendado para as Novas Oportunidades, destinado a leitura
autónoma - Grau de Dificuldade III.