SINOPSE
«Se o espelho de Orpheu é o espelho de Alice, o espelho de presença é o
espelho de Narciso: com o primeiro ultrapassa-se o reflexo para viver o
prodígio, com o outro vive-se da contemplação da própria imagem que a
poesia poderia oferecer. Contemplação para além no salto que recusa a
mimese, ou contemplação que se resume na morte por analogia.»
(Fernando Pessoa: «Pessoa e a aventura suicida da modernidade», p.71)
«E se Lisboa é Casablanca nos anos 40, Lourenço Marques é também
Casablanca nos anos 70, com direito a avionetas, pilotos, jogos de
póquer, gente falida, traições e até mesmo a um pianista, também Samuel,
a tocar um só aparentemente extemporâneo As time goes by nas noites do
Hotel Polana, de frente para o mar africano, enquanto ruía um império
centenário e apostava-se, ainda então, com optimismo absoluto na
liberdade dos novos países a haver.»
(Helder Macedo: «Em passeio com Pedro e Paula», p. 182) )
«[...] fazendo dialogar vozes diversas, reelaborando linguagens,
reexaminando textos, trazendo para o presente os ecos do passado,
fazendo, enfim, vivo e presente o que a letra fixou, a literatura
colabora, da forma mais democrática e generosa, com a epifania da
História.»
(José Saramago: «Reler Portugal em Pessoa e Camões», p. 284)
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