«Memória da Resistência através de jornadas que empolgam, descida ao labirinto interior do protagonista num movimento para o regresso ao compromisso político, registo do quotidiano burguês entre vulgaridade, luxo, melancolia, análise também dos círculos oposicionistas sem atos nem horizontes ou, em contraste, num jovem, com o irredutível das opções metamórficas, Os Clandestinos, 1972, pela compleição romanesca – ideoleto, personagens (Vasco e Jacinta desde logo), efabulação, mestria compositiva –, por uma singularidade da escrita a renovar-se, é uma obra no topo do percurso de Fernando Namora e da literatura portuguesa legada aos leitores contemporâneos.»
José Manuel Mendes