Um dos grandes méritos desta autobiografia, Joshua Ruah, Um Judeu de Lisboa, reside na ausência de literatura. É uma descida às raízes, sem quaisquer limitações convencionais, para nos transmitir o que se acumulara nos espaços invisíveis do universo mais íntimo. Faz um balanço à vida. Apresenta‑nos a realidade quotidiana, nos seus múltiplos aspetos, através de uma comunicação frontal, numa linguagem direta, persuasiva e imediata com os leitores.