Dádivas da natureza, os frutos são uma festa. A da boca que os saboreia, é certo. Mas também essoutra festa do tesouro de palavras, sempre vivo, que é a língua. Quem resiste a pronunciar e a escrever mirtilo, groselha, amora, romã? Por isso é que, em Sever do Vouga, pequeno país de frutos, é difícil resistir à poesia, tão próxima ela se encontra dos prodígios da natureza.